Seguro para carro antigo ficará até 30% mais barato

Fonte: A Razão em 05/04/2016 09:07

Nova modalidade será um dos temas em debate em seminário nesta quinta, na cidade.

Peças de desmanches serão utilizadas em consertos de carros usados, reduzindo o valor do seguro de veículos (Deivid Dutra / A Razão)

Quem tem carro usado e não possui seguro poderá, agora, evitar dor de cabeça com acidentes e roubo. Um novo tipo de seguro para automóveis com mais de cinco anos de uso, o chamado seguro auto popular, poderá custar até 30% mais barato porque o conserto, em caso de acidente, será feito com peças usadas.

Essa alteração na regras dos seguros automotivos é um dos temas a serem debatidos no 1º Seminário de Seguros que ocorre nesta quinta-feira, 7, em Santa Maria. O evento é voltado a empresas de seguro e corretores. A promoção é do Sindicato dos Corretores de Seguro do Estado (Sincor-RS).

A nova modalidade de seguro automotivo começou a vigorar este mês, por meio de regulamentação do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) que cria o Seguro Auto Popular, voltado para veículos com mais de cinco anos de uso. As peças a serem usadas no conserto devem ter origem controlada.

Isso será feito por meio de uma certificação, que garantirá que a peça recondicionada ou seminova é segura. Essas peças, contudo, não poderão ser adotadas pelas oficinas para reparos em itens que envolvam a segurança dos passageiros, como freios, suspensão e cintos de segurança.

O delegado sindical do Sincor-RS, Valter Dutra, afirma que a nova regra atingirá, principalmente, veículos com 10 anos ou mais. Em geral, os proprietários desses carros não têm dinheiro para pagar o seguro total. Em caso de acidente ou roubo do veículo, o dono fica no prejuízo total. Com o preço menor do seguro auto popular, esse proprietário terá oportunidade de proteger o seu patrimônio e ainda ter um seguro para danos pessoais, diz Dutra.

Carro batido não circulará mais

Além do seguro auto popular, a proposta prevê que automóveis acidentados e que tiverem perda total não voltem a circular. Atualmente, quando o valor do conserto do veículo segurado ultrapassa 70% do preço de mercado, a seguradora considera perda total e indeniza o segurado. Porém, sempre que possível, o veículo batido é consertado e volta a circular legalmente. “Só que ele não pode mais ter seguro”, informa Dutra.

Pela proposta, o carro que sofreu perda total só poderá ser vendido em peças. Esses itens deverão ser certificados. Uma das vantagens é inibir o roubo de veículos, já que as peças reaproveitadas terão origem controlada, ou seja, haverá rastreamento que indicará de qual automóvel foram retiradas.

Para os revendedores de peças seminovas, essas mudanças são benéficas ao setor. “Esperamos que vá aumentar o giro de mercadoria”, afirma Paulo Botega, gerente da Autopeças Kobber de Santa Maria, credenciada para venda de peças seminovas.

O seminário em Santa Maria debaterá os novos produtos no mercado e a responsabilidade civil de segurador e segurado.

Seguros em debate na cidade

O quê: 1º Seminário de Seguros Santa Maria
Quando: quinta-feira, 7
Local: Itaimbé Palace Hotel (Rua Venâncio Aires, 2.741, Centro)
Informações: eventos@sincorrs.com
Programação
14h: Palestra Responsabilidade Civil no Mercado de Seguros, com Ivan Marcos dos Santos (Mapfre), Celso Junior (Zurich) e Luciano Azevedo (Yasuda Marítima)
16h30: Painel Novas Oportunidades, com Anderson Mundin (Bradesco), Marcelo Silva de Moura (HDI), César Saut (Icatu) e Rafael Caetano (Porto Seguro)